O primeiro secretário da Mesa Diretora do Senado, senador Heráclito Fortes, presidiu a sessão espeial para comemorar os 186 anos da Batalha de Jenipapo, ocorrida na cidade de Campo Maior (PI), quando milhares de piauienses, maranhenses e cearenses lutaram contra as tropas portuguesas em prol da independência do Brasil. A realização da sessão atendeu a requerimento do senador João Vicente Claudino (PTB-PI).
Durante o confronto, centenas de piauienses, maranhenses e cearenses lutaram contra tropas portuguesas em prol da Independência do Brasil.
A batalha, que teve lugar às margens do Rio Jenipapo, em 13 de março de 1823, "foi decisiva para a independência e consolidação do território nacional", disse o deputado Antônio Félix.
O prefeito Joãozinho Félix lembrou que os brasileiros combateram os militares comandados pelo Major João José da Cunha Fidié, encarregado de manter o Norte da ex-colônia fiel à Coroa Portuguesa. O avanço dos portugueses rumo a Campo Maior, ressalta, implicou em uma mobilização sem precedentes da população local. Grupos de vaqueiros e roceiros armados com espingardas, facões, machados, foices, espetos e até paus e pedras enfrentaram soldados bem armados e organizados.
"Jenipapo foi o retrato da bravura de um povo em luta pela sua liberdade. O episódio deixou um grande legado, do qual os campo-maiorenses podem se orgulhar, já que a batalha do Jenipapo foi a única com o objetivo de adesão à independência em que houve derramamento de sangue", afirmou o senador João Vicente Claudino, em seu discurso.
Assessoria de Comunicação do deputado Antônio Felix/Editor: Pires de Sabóia
Fonte: ALEPI
Historiadores e alunos discutem a Batalha do Jenipapo
A Batalha do Jenipapo na Independência do Brasil
A primeira etapa do seminário A Batalha do Jenipapo foi realizada na manhã desta quinta-feira, 12, no Auditório Noé Mendes, da Universidade Federal do Piauí (UFPI), em Teresina. O evento é promovido pela Coordenadoria Estadual de Comunicação Social (CCom), em parceria com a UFPI, e tem como objetivo discutir a importância dessa batalha na luta pela independência do Brasil e fazer com que a historiografia brasileira incorpore a luta dos piauienses, cearenses e maranhenses ao processo de independência brasileira.
Participam do seminário estudantes do ensino médio e professores de História, incluindo historiadores nacionais renomados, como Ilmar Rohloff de Matos, Cláudio Vicentino, Caio Cesar Boschi, Antonio Pedro e Yone de Carvalho. Num primeiro momento do seminário, a professora Teresinha Queiroz, da UFPI, proferiu palestra Historiografia Piauiense sobre a Independência do Brasil e os professores Joaquim Ribeiro e Daniel Martins falaram do tema Tudo que li, vi e ouvi sobre a Batalha do Jenipapo.
No turno da tarde, no horário de 15h às 17 horas, o seminário prossegue com mesa-redonda cujo tema é Cenário Histórico da Independência do Brasil, tendo como palestrantes o professor-doutor Caio Cesar Boschi (UFMG e PUC-MG) e o professor-doutor Ilmar de Mattos (UFF e PUC-Rio). O mediador dessa mesa-redonda será o coordenador de Comunicação Social do Estado do Piauí, Wellington Soares.
Durante a manhã, a professora Teresinha Queiroz fez uma abordagem geral da Batalha do Jenipapo, citando os historiadores do Piauí que já escreveram sobre essa batalha utilizando arquivos das cidades de Oeiras, Campo Maior, Parnaíba e também de Caxias (MA).
O professor Joaquim Ribeiro disse que há produção vasta em nível acadêmico da Batalha do Jenipapo e que grande parcela da população não tem conhecimento da importância dessa batalha. Ele defende mecanismos para a importância dessa batalha ser difundida. Ele destacou que fica triste ao perceber que parte dos historiadores não tem leitura da dimensão exata dessa batalha e que alunos só leem sobre o assunto porque o vestibular cobra.
O professor Daniel Martins lembrou que, no Piauí, o aluno estuda História do Piauí na 3ª série do ensino fundamental e que o mesmo só vai ter contato com a história regional dez anos depois. Dessa forma, fica esquecida a Batalha do Jenipapo, a presença do Piauí na Confederação do Equador e outros assuntos relevantes que envolvem a história do Estado. Para Daniel Martins, é preciso encontrar meios para difundir a leitura de obras sobre esses assuntos.
Fonte: Governo PI
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